BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

IGUALDADE ENTRE HOMEM E MULHER

* Pr. Edvar Gimenes

I. Igualdade na condição de filhos de Deus "Todos vocês são filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus, pois os que em Cristo foram batizados, de Cristo se revestiram. Não há judeu nem grego, escravo nem livre, homem nem mulher; pois todos são um em Cristo Jesus" (Gal. 3.26-28 NVI);

II. Igualdade na quantidade de parceiros
"...por causa da imoralidade, cada um deve ter sua própria esposa, e cada mulher seu próprio esposo" (I cor. 7.2 NVI);

III. Igualdade na autoridade sobre o corpo "A mulher não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim o marido. Da mesma forma, o marido não tem autoridade sobre o seu próprio corpo, mas sim a mulher" (I cor. 7.4-5 NVI);

IV. Igualdade no cumprimento dos deveres conjugais "O marido deve cumprir os seus deveres conjugais para com sua mulher, e da mesma forma a mulher para com o seu marido" (I cor. 7.3 NVI);

V. Igualdade na interdependência
"No senhor, todavia, a mulher não é independente do homem, nem o homem independente da mulher. Pois assim como a mulher proveio do homem, também o homem nasce da mulher. Mas tudo provém de Deus". (I Cor. 11.11-12 NVI);

VI. Igualdade na manifestação de amor
"Maridos, ame cada um a sua mulher..." (Ef. 5.25 NVI);
"...assim, poderão orientar as mulheres mais jovens a amarem seus maridos..." (Tito 2.4 NVI);

VII. Igualdade na sujeição mútua "Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo" (Ef. 5.21 NVI).

Na seqüência desse texto, quando a orientação é direcionada à mulher (Ef. 5.22-24), a palavra submissão não aparece no original grego. A explicação que deduzo para a inclusão dela em nossas bíblias é de natureza ideológica, visando reforçar a tradição cultural da submissão. (Se quer entender melhor a influência ideológico-doutrinária na tradução da Bíblia, leia o texto de Luiz Sayão sobre o "Perfil Teológico da Nova Versão Internacional" - NVI em: http://www.editoravida.com.br/biblias_nvi/perfil_teologico.asp )

Além disso, a própria recomendação de submissão começa a clarear quando é justificada por conveniência, nas palavras de Paulo ("... como convém a quem está no Senhor" (Col. 3.18 NVI)) e ganha brilho total como estratégia de evangelização, nas palavras de Pedro ("... a fim de que, se ele não obedece à palavra, seja ganho sem palavras, pelo procedimento da mulher..." (I Pd. 3.1 NVI)).

Observe que, no contexto das palavras de Pedro, ele se dirigia aos escravos ensinando que deveriam sujeitar-se aos seus senhores e usa o exemplo da sujeição de Jesus diante de injustiças, em função de uma finalidade maior que era levar pessoas à salvação.

Deduz-se daí que tanto a sujeição de escravos quanto a das esposas, seriam tão injustas quanto os sofrimentos impostos a Jesus (I Pd. 2.21-24), mas sua aceitação deveria se dar porque havia algo maior em vista: a salvação de pessoas.

Portanto, a sujeição recomendada não tem por objetivo perpetuar um modelo de casamento no qual as mulheres devem sujeitar-se unilateralmente aos maridos, mas estimular uma atitude que poderia facilitar a conversão deles, em uma cultura machista. Logo, se marido e mulher forem cristãos, a finalidade da recomendação perde o sentido.”

* Pastor da IB da Graça, Salvador, BA (http://blogdoedvar.blogspot.com/)

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