BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
As opiniões deste blog refletem a minha visão e não, necessariamente, a de outras pastoras da CBB.
Por favor, ao reproduzir textos deste blog indique o link: http://pastorazenilda.blogspot.com/. Obrigada.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUASE QUINZE - AS PASTORAS E A FILIAÇÃO À OPBB

Uma década e meia depois da consagração da primeira pastora batista da CBB, a OPBB irá decidir o direito da filiação das mulheres chamadas por Deus para o ministério pastoral.


Quinze anos é uma data marcante para qualquer mulher. Quando é possível, os pais realizam um culto de gratidão a Deus, uma festa, em que a menina-moça debuta, sendo apresentada à sociedade como um rito de passagem.


Uso essa metáfora para comparar o caminho das pastoras das igrejas batistas da Convenção Batista Brasileira. Nesta Assembleia da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, OPBB, nos dias 22 e 23 de janeiro de 2014, será votada a filiação, ou não, das pastoras, conforme decisão da Assembleia da Ordem em Aracaju, SE, em janeiro de 2013.


Essa votação acontecerá exatamente no ano em que se comemoram os 15 anos da consagração da primeira pastora batista da CBB, Silvia da Silva Nogueira, na PIB de Campo Limpo, SP. As ordenações começaram timidamente, encorajadas em primeiro lugar pelo Senhor e depois por todos aquelas pessoas e igrejas que partilharam deste sonho de ver em pleno ministério as mulheres chamadas por Deus. Nos anos que se seguiram, foram ganhando força, num crescente.


Em janeiro de 2009, quando aconteceu o I Encontro de Pastoras, em Brasília, DF, havia 80 pastoras. Na época, os pastores homens, cadastrados na OPBB eram cerca de oito mil. Lembro-me que o Pr. Sócrates de Oliveira, diretor geral da CBB, brincou dizendo que as pastoras haviam saído do traço, isto é, já eram 1% dos pastores e, portanto, não poderiam mais ser ignoradas, fazendo uma alusão aos mecanismos usados pelos institutos de pesquisa. Cinco anos depois, mais que dobramos o número porque somos cerca de 170 pastoras. Louvado seja Deus!


A legitimidade do exercício do ministério pastoral por mulheres não será atestada pela OPBB porque ela está, em primeiro lugar, em de Deus que chamou e depois nas igrejas que reconheceram este chamado e consagraram cada pastora. No entanto, a filiação é um passo importante, especialmente para o exercício do ministério das mulheres de uma maneira mais ampla, além das igrejas que as consagraram, e para o relacionamento com as diversas instituições batistas. A OPBB é o órgão auxiliar da CBB que reúne aqueles que exercem o ministério pastoral junto às igrejas e que hoje inclui mulheres.


A filiação das pastoras propiciará um maior reconhecimento denominacional e, possivelmente, um ministério um pouco menos árduo, como também um ambiente mais propício para que elas tratem de outras questões importantes que surgiram nesses anos como a inserção nas equipes ministeriais, as questões familiares junto às igrejas, a mobilidade vocacional e outros assuntos. Além do mais, e muito importante, é que dará condições para que jovens mulheres chamadas por Deus possam encontrar com mais facilidade um ambiente de aceitação nas igrejas e seminários, entre pastores e professores, para o devido preparo e encaminhamento para o ministério.


Sonho o dia em que qualquer mulher, chamada por Deus, em qualquer lugar deste país, tenha todas as condições e incentivo para desenvolver a sua vocação, preparar-se adequadamente e servir a Deus e às igrejas batistas do Brasil no ministério pastoral.
(Publicado em O Jornal Batista, 19jan2014)

Um comentário:

  1. " Glória a Deus! No dia de hoje a Ordem dos Pastores Batista do Brasil em assembléia nacional, na Convenção em João Pessoa na Paraíba, votou pela filiação das PASTORAS em sua organização. PARABÉNS PASTORAS!!!!

    ResponderExcluir