BLOG DA PASTORA ZENILDA


Pra. Zenilda Reggiani Cintra
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sábado, 12 de julho de 2014

A INCOERENTE DECISÃO DA SEÇÃO DA OPBB DA BAHIA

Pastores da OPBB Bahia em 5 de julho de 2014
Infelizmente, a Seção da OPBB da Bahia não aprovou a filiação de Pastoras com 32 votos a favor e 86 contrários, no dia 5 de julho de 2014, na IB de Teosópolis, Itabuna, BA.

É porque a Bahia não foi evangelizada por mulheres!
Desde a década de 1930, quando LM Bratcher, secretário executivo da Junta de Missões Nacionais da Convenção Batista Brasileira por 26 anos,  viajou pelos vales dos rios São Francisco, Tocantins e Araguaia que as mulheres tiveram um papel decisivo na organização das igrejas batistas na Bahia, Goiás e Tocantins, principalmente.

É inaceitável que os pastores homens, muitos deles que herdaram essas igrejas, votem hoje contra mulheres no ministério pastoral, querendo desmerecer o ministério de muitas mulheres no passado e no presente.

É lamentável!

Lamentável que eles não honrem a memória da Pra. Celina Alves Feitosa, PIB de Pilar, BA, que faleceu em 29 de janeiro de 2014, em um acidente automobilístico. Celina Feitosa, de Exu, PE, pastoreou por 25 anos a IB Emanuel, no distrito de Pilar, Jaguari, sertão baiano: “Todas estas ainda viveram pela fé, e morreram sem receber o que tinha sido prometido; viram-nas de longe e de longe as saudaram, reconhecendo que eram estrangeiros e peregrinos na terra” (Hebreus 11:13).
Quem sabe um homem há de substitui-la na igreja e ainda ser contra mulheres pastoras!

Lamentável que o Brasil e os batistas não conheçam e não valorizem a sua história. Quantas mulheres renunciaram suas vidas, sonhos pessoais por amor a Deus e ao povo da Bahia! Se hoje há uma convenção forte, capaz de votar uma decisão dessa, deve-se em grande parte ao trabalho das "pastoras" chamadas por Deus e comprometidas com a vocação.

O Pr. Helmut Scholl, secretário executivo da Convenção Batista Pioneira, opinando a respeito dessa decisão baiana questiona: "Quantos homens se dizem vocacionados, chamados por Deus, se preparam intelectual e academicamente, são examinados, aprovados e consagrados. Ninguém questiona seu chamado. E no fim... como você diz: Não dão em nada!
Por outro lado, quando uma mulher vocacionada e chamada por Deus, por mais que o prove pela vida e ministério, demonstrando frutos maravilhosos do seu ministério; quando ela deseja ser consagrada, aí não faltam homens que põem em dúvida e questionem sua vocação.
O que é isso, se não puro machismo?
Está na hora de reconhecer que Deus chama quem Ele quer. Se uma mulher quer ser ordenada apenas para ter o título de pastora, semelhantemente a tantos homens que ostentam o título de pastor, mas não demonstram fidelidade na vida ministerial, ela dará contas a Deus, da mesma forma que esses homens".

Lamentável que as pastoras da Bahia não sejam respeitadas em suas vocações e incluídas formalmente na OPBB. Mas elas continuarão exercendo seus ministérios da mesma forma, honrando o Deus que as chamou. São elas:

1. Pra. Cleonice Melo, IB Central, Teixeira de Freitas, BA;
2. Pra. Dezilda Nunes, IB Central, Teixeira de Freitas, BA
3. Pra. Emilane Fernandes do Carmo Andrade, IB Nova Dias D’Avila, BA; 
4. Pra. Genilza Santana Silva Lima, PIB de Pernambues, BA;
5. Pra. Gilmara Alves Carvalho, PIB em Itapicuru, BA;
6. Pra. Heliane Silva, IB Esperança, Barreiras, BA;
7. Pra. Lucia Melo, IB Central, Teixeira de Freitas, BA;
8. Pra. Nadir Freitas, IB Central, Teixeira de Freitas, BA;
9. Pra. Nikaula Santos Oliveira, IB Nova Dias D’Avila, BA; 
10. Pra. Patrícia Fernandes do Carmo,IB Nova Dias D’Avila, BA; 
11. Pra. Rebeca Amaral, da PIB em Acajutiba, BA;
12. Pra. Vera Reis, IB Central, Teixeira de Freitas, BA;

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